segunda-feira, 28 de julho de 2008

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

Hoje é muito difícil acreditar nas coisas e nas pessoas e motivos não faltam para isto, uma vez que todos mentem, enganam, traem, simulam e com se não bastassem acham isto normal e até louvam estas atitudes chamando-as de modernas, de humanas, de verdadeiras como estas atitudes cínicas, fossem importantes para a grandeza da humanidade.É muito comum se avaliar um filme, uma peça, um livro simplesmente pelos seus aspectos formais, pelo grau de efeitos especiais, pela sua movimentação, sua fotografia, pelo trabalho do ator em relação a psicologia das personagens e até pelo índice de diversão propiciado pela obra. Como somente a casca importasse.Não sou daqueles puritanos que acham que devemos nos aprofundar e nos preocupar simplesmente com o estudo do Ser (ontocentrismo) e as suas relações consigo mesmo (egocentrismo) e com o Universo (cosmocentrismo). Também não acho que as discussões deva girar apenas nas questões filosóficas dialéticas (Ser ou não Ser, Bem e Mal, Certo e Errado, Exploradores e Explorados, Ricos e Pobres ou até mesmo entre Rudes e Charmosos como dividiu Oscar Wilde a humanidade) e muito menos colocar no zênite a discussão Existencial ( viver intensamente a cada momento – Carpie Diem, ser dois num só ser- Certo/ Errado, Deus/Diabo, Bem/Mal, o dinheiro como mola da maldade, volta ao Campo e outras teorias que inflam a alma humana), mas também (eu gosto desta locução conjuntiva) em tudo isto que podemos avaliar como parte da alma humana.Bem como devemos nos atentar para nossa parte espiritual (seja lá qual for mesmo o ateu acredita num Deus, que ele chama de Natureza). Todos queremos ser melhores. Na maioria das vezes, somos piores para não sermos enganados, logrados, tripudiados mais que somos normalmente (fiz uma intertextualidade com “São Bernardo” de Graciliano Ramos). Tirando pessoa que não tem noção alguma da maldade, aquela que age por puro instinto, o assassino por mais cruel que seja, sabe por que está matando sua vítima e esta na maioria das vezes sabe porque está morrendo. Geralmente tudo se resume numa só palavra: PODER.O poder de controlar a vida de um filho, de uma esposa, de um empregado, de um aluno, de um discípulo, ou de um “cliente” de droga, de delator, de um inimigo da “boca”, ou da “banca”. Se conseguirmos então reduzir, democratizar este poder não propandisticamente, mas de fato, tanto social, como como financeira e culturalmente, haverá uma distensão e uma maior participação e isto acarretará em uma melhora nas atitudes das pessoas e portanto a história das pessoas, das famílias, das cidades, dos estados, das nações será mudada e acabará criando condições para sermos melhores, afinal como ser melhor, se estão sempre nos recomendando através da mídia, da atitude das pessoas, pelas instituições (escola, polícia, igreja, família) que nos devia proteger que nos devia que é melhor ser pior, porque só o pior vence.Portanto se formos mais coesos, mais interessados em viver, mais felizes, mais livres por termos mais dinheiro, saúde, mais acesso à cultura e ao lazer, sem estar constantemente preocupado com a violência, com certeza, seremos mais felizes.

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